A primeira usina nuclear brasileira entrou em operação comercial no ano de 1985. O parque energético, instalado entre Angra e Paraty, na praia de Itaorna, abriga também uma segunda unidade, operante desde 2001. Nas duas usinas, a capacidade para geração de energia está em 640 megawatts elétricos e 1350 megawatts elétricos, respectivamente.

Angra 2 (esquerda) e Angra 1 (ao fundo)

Mas a região amargou um contratempo importante, no que concerne à terceira usina, apelidada de “Angra 3”: desde 1984 sendo construída, teve sua obra paralisada em vários momentos. O primeiro aconteceu em 1986, devido à crise econômica que o Brasil enfrentava. A obra só foi retomada em 2010 para ser novamente interrompida em 2015, graças à Operação Radioatividade – um braço da “Lava-Jato” – que trouxe a tona uma série de crimes envolvendo o projeto.

Naquele momento, a obra estava cerca de 60/70% concluída. O corte de pessoal trouxe para a região da Costa Verde um decréscimo populacional importante, afetando o comércio e serviços em geral. Ainda que a região tenha forte apelo turístico, o Complexo Nuclear em Angra dos Reis responde por uma quantidade enorme de empregos que, desativados, resultaram em um abalo significativo na economia local.

Entretanto, em fevereiro deste ano, o Governo anunciou a retomada das obras, o que trouxe consigo um quinhão de esperança para aqueles que nasceram ou adotaram este pedaço de paraíso como seu.

O mercado imobiliário na região encontra-se, hoje, fortemente aquecido. A busca por aluguel e compra de residências é constante e crescente.

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